O maior bem que uma empresa possui é a sua marca. A construção de uma conexão com o público – e, consequentemente, de um tráfego virtual constante – é resultado de muito esforço alinhado a estratégias de marketing digital. Porém, com o crescimento do comércio eletrônico, também cresce a ocorrência de fraudes digitais.
Qualquer marca, grande ou pequena, está sujeita a fraudes, inclusive àquelas praticadas por seus concorrentes. Uma das formas mais comuns de concorrência desleal no comércio digital é o chamado “brand bidding”, o ato de utilizar palavras-chave de concorrentes em anúncios e links patrocinados para benefício próprio.
Outra prática é o “ad hijacking”, ou sequestro de anúncios, em que parceiros publicam uma cópia exata da publicidade da matriz e pretendem ser esta. Em ambos os casos, ao procurar o nome da marca desejada na internet, o potencial consumidor acaba sendo redirecionado a outro site, e não ao da marca que desejava no início.
Deixar que outros usufruam do tráfego de sua marca, construído com anos de história e experiência, é um ato de displicência. É necessário que os concorrentes mal-intencionados sejam impedidos, afinal, é a credibilidade da sua marca que está em jogo.
A apropriação de palavras-chave acontece assim: em um primeiro momento, os anúncios são colocados em mecanismos de busca através de leilão de cliques, e o lance maior ganha o espaço.
Então, os fraudadores, com a intenção de usurpar a marca, fazem uma cópia da propaganda, e ganham da marca verdadeira, muitas vezes por apenas alguns centavos.
Além de usar as próprias palavras-chave da marca, os fraudadores podem se aproveitar de erros de digitação dos usuários, ou até se valer da negligência dos donos das marcas e agências em relação a outros mecanismos de busca menores e estrangeiros, menos visíveis que o Google. Tudo isso para induzir a interação do consumidor com o anúncio e encaminhá-lo ao site concorrente.
Com esse desvio, possíveis compras são perdidas, clientes deixam de conhecer sua loja e o prejuízo também é sentido no bolso: geralmente são perdidos entre 20% e 40% dos montantes em tráfego de pesquisa paga, resultando no desperdício dos recursos investidos em anúncios online.
Investir em um ambiente online seguro, livre de concorrência desleal, pode evitar prejuízos financeiros e reputacionais à sua marca. A credibilidade da empresa no mundo digital é reflexo de um bom atendimento e planejamento, mas também do quanto a marca é lembrada.
Por isso, deixar a concorrência usar suas palavras-chave (às vezes usando até mesmo o próprio nome da sua empresa) para passar na frente e ganhar mais cliques é um grande problema. A boa notícia é que a justiça brasileira está do lado das marcas lesadas.
A prática de “brand bidding” é crime de acordo com a Lei de Propriedade Industrial brasileira (Lei n° 9.279/96). Quem “emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio ou alheio, clientela de outrem” deve responder criminalmente por suas ações e indenizar a parte lesada para reaver danos materiais e morais.
Várias marcas brasileiras que foram vítimas de concorrência desleal entraram na justiça e venceram. Isso porque os juízes reconhecem que uma marca e todos os direitos do nome oficialmente registrado que se refere à empresa são propriedade exclusiva.
As empresas podem se proteger realizando um monitoramento profissional constante de seus anúncios e de sua presença online. Investir em um mecanismo desse tipo possibilita que você seja informado imediatamente em caso de fraudes ou concorrência desleal e possa tomar as providências cabíveis sob a orientação de especialistas.
Quando isso acontece, os fraudadores são notificados, os anúncios retirados, e assim os consumidores podem ser direcionados diretamente à oferta original da marca de sua escolha, como deveria ser.
Entre os benefícios desse serviço, destaca-se o impacto positivo no orçamento. Quando a marca é alvo de fraudes, ela acaba perdendo dinheiro sem nem perceber, pois as visitas podem não ser convertidas em vendas pela atuação dos brand-bidders.
Quanto mais uma palavra-chave é usada na hora de fazer anúncios nos mecanismos de busca, o custo por clique (CPC) aumenta, fazendo com que a empresa tenha que investir mais para usar a própria palavra-chave de sua marca registrada.
Tendo um monitoramento desses dados e de quais concorrentes fazem isso por meio de um serviço de patrulha digital, o CPC é reduzido significativamente, tornando possível realocar os recursos do orçamento e investir em outros setores do negócio.